Recentemente o mundo passa por um período turbulento afetado por guerras, desastres naturais, problemas político-sociais e econômicos muito sérios, que atingem diretamente alguns países como o Brasil, impactando numa crescente onda de aumento da inflação, que significa afetar o bolso do brasileiro com mais e mais aumentos nas nossas despesas. Então, como suportar esse turbilhão e não ser engolido por ele?
A melhor medida é tomar a iniciativa de querer mudar sua situação financeira, reunindo toda a família e conversando sobre as necessidades e direcionamento do salário da família, pois sem a vontade de querer mudar para melhorar não há que se falar em educação financeira. Entretanto, bem sabemos que hoje, segundo dados do Banco Central em abril deste ano, o percentual de endividamento das famílias brasileiras é de 46,3%, ou seja, muito alto para manter toda a família e ainda pensar em investir uma parte do salário, tendo em vista que adotamos a pior filosofia para nossas vidas, que é a do consumismo imediatista, não sabemos esperar o melhor momento para adquirir um bem móvel ou imóvel.
Diante de um dado tão alarmante, como falar em investimentos se o brasileiro gasta praticamente todo salário que ganha, e na maioria das vezes nem mesmo consegue honrar com todos os seus compromissos, momento em que procura os bancos na tentativa de suprir suas necessidades com uma nova dívida, com juros elevados fazendo que seja criada uma grande bola de dívidas, que se estourada engolirá toda família, causando os desentendimentos e consequentemente a infelicidade de todos. Logo, precisamos ter um pensamento positivo diante desta situação e tomarmos às rédeas de nossas vidas financeiras, analisando uma forma de reduzir, ou melhorar os gastos necessários à nossa subsistência, e cortar todos os excessos, ou seja, tudo àquilo que se suprimido de nossas vidas, ainda que temporário, não nos trará prejuízos, como por exemplo, trocar o carro todos os anos refazendo o financiamento, comprar sem necessidade roupas, sapatos e objetos de ostentação, como relógios, bolsas, óculos, dentre outros.
Fazendo esta análise, e mesmo assim, já cortados os excessos e ainda não há o controle de gastos, partiremos para outra análise mais aprofundada de todas as dívidas adquiridas pela família procurando àquelas com maiores taxas de juros, como o cheque especial, por exemplo, que pode chegar em até 10% ao mês, e trocá-las por outras linhas com taxas de juros menores, como os consignados e outras linhas de crédito mais atraentes, que geralmente não passa de 5% ao mês, de modo que já será possível visualizar a diminuição dos valores pagos mensalmente a título de juros/encargos.
Contudo, para suportarmos este período de “crise” como intitulado pela mídia, será necessário que criemos um controle emocional muito grande naquelas horas de comprar por comprar, fazendo a auto-reflexão se há realmente a necessidade de adquirir o bem, ou mesmo fazer àquela dívida. Se utilizarmos sempre a auto-reflexão antes de tomarmos nossas decisões, sem dúvidas estaremos tomando as decisões mais acertadas para nossas vidas e de nossos familiares. E temos a grande certeza que o exercício do autocontrole em nossas vidas traz recompensas muito melhores, e ainda nos tornam mais felizes, porque estaremos investindo melhor nosso dinheiro.